sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Educação

Num país onde a gente reclama que a educação nas escolas não é o suficiente, não podemos deixar de observar outros pontos. Por afinidade vou falar sobre o atendimento ao público.
Há 8 anos comecei a trabalhar, sempre trabalhando com público, desde os mais pobres, aos mais ricos. Primeiramente comecei a trabalhar oferecendo vagas de estudos numa escola profissionalizante. Nessas ofertas tinham boas promoções, e quanto mais pobre, mais generosa a pessoa era, isto naquela época. Quando chegava nos bairros mais simples tinha uma desconfiança sobre a procedência e a maneira como as pessoas levavam a vida, meu grupo e eu realmente tínhamos medo de entrar em tais bairros, mas ou por sorte, ou por consciência dos moradores, nunca tivemos problemas ao percorrer nossos percursos. Lembro de uma vez que um amigo estava com sede e eu com muita vontade de usar o banheiro, e sim tivemos que pedir num bairro destes. Fomos super bem atendidos por uma senhora, ela deu água quase quente, pois não tinha geladeira, e também pudemos usar o banheiro na residência dela, ela possuía um neto por volta dos 10 anos que tinha vontade de mexer em computadores, convidei-os a comparecer na escola até o fim de semana. No dia seguinte quando cheguei na escola, eles estavam lá, sentei com a diretora e conversei sobre a possibilidade de o garoto ganhar uma bolsa de estudos. Para felicitações ela deu uma bolsa para o menino, hoje ele me agradece a oportunidade. E me recordo que também uma vez me dirigi até um bairro rico, onde passando pelo mesmo problema, tive vontade de usar o banheiro e não conseguia encontrar ninguém em casa, até que encontrei em uma residência uma senhora que bateu a porta na minha cara. Ainda bem que a empregada do vizinho da frente foi mais educada, pois teria que urinar atrás da árvore.

Então foi quando eu percebi que Educação vem de casa, pode-se ter uma vida muito humilde, e ser muito bem educado, ou ter uma vida muito cheia de coisas boas, e não se ter educação nenhuma. Mas não cheguei onde queria.

Há 5 anos

Crítica ao Estado e como somos tratados

Uma pequena reflexão pela manhã. Passando em frente à UFRGS e lembrando como é a PUCRS, sinto-me um refém da universidade. Devíamos ter contato com as sociedades de maneira universal, mas porque então nós não temos o campus aberto, como em qualquer outro lugar do mundo. 
Chego então à conclusão de que nosso status universidade, trata-se apenas de rótulo, afinal o contato fácil com pessoas da nossa comunidade se dá "entre grades" (muros e cercas). Reflexo de um sistema capitalista ainda jovem, frágil e em processo de falência. Pois onde na base da comunidade não se educa para criar maturidade, nunca haverá um auge/ápice de um sistema.
Precisamos viver rodeados de grades, pois somos preparados para uma não evolução... E alguns privilegiados tem essa clara compreensão, mas estes também minoria o são.

Se o Estado não fornece educação, ele não fornece segurança, se um estado não oferece saúde, ele não oferece segurança. Se o estado não oferece educação ele não oferece saúde. Tudo está ligado à educação, e o Estado só irá evoluir quando garantir qualidade na educação, garantindo assim um futuro e uma certa evolução.